sábado, 26 de janeiro de 2008

Hoje senti muita falta de alguém com quem conversar.
Com quem me expressar, ou que eu simplesmente saiba que está lá.
Alguém cuja presença me sustente naqueles dias em que me arrependo de ter acordado.
Alguém que surja e continue lá.
Uma simples presença, que derrube a solidão, e o medo do fim do dia.
Precisava, na realidade de outros tempos, diferentes deste nos quais vivemos.
Um tempo em que as coisas não sejam tão fugazes, tão transitórias...
Sejam elas idéias ou músicas, pessoas ou tendências, máquinas ou pessoas, vidas ou amores.
Em que tudo não seja tão...
Descartáveis...
Em que homens e mulheres não olhem uns para os outros apenas como peças de carne em um açougue.
Como pessoas, e não como mercadorias, objetos que lhe rendam diversão ou simplesmente Status.
Em que as pessoas sejam vistas como são, indivíduos únicos e admiráveis.
E não padronizadas.
Que não se desista de uma pessoa por achar que se pode achar uma igual em qualquer esquina.
Em que sejam derrubados os preconceitos, as idéias pré-concebidas, frases feitas e clichês.
Em que não precisássemos de modelos ou heróis.
Em que as pessoas não temam umas às outras, não se protejam com grades ou máscaras.

É...
Hoje, além de sentir falta de alguém com quem conversar, senti a falta de um mundo no qual viver.
Do qual tivesse orgulho.
Mas, por ingenuidade, talvez, ou por esse pensamento me confortar, ainda acredito que ele possa existir, por mais improvável que isso seja.
Pelo menos por enquanto.

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