Ando precisando de dias bonitos.
Deitar e observar formatos nas nuvens, olhar para a esquerda e dizer:
Eu te amo.
Tornar um dia comum extraordinário, tornar uma pessoa comum extraordinária.
Ver em alguém o que gostaria de ser.
Rir das piores situações, de donos de casas que aparecem sem avisar, picadas de mosquito e lugares estranhos, criar teorias e fazer comentários.
Transformar um dia absolutamente banal em um dia memorável.
Ando precisando de alguém com quem possa fazer aqueles planos improváveis.
Com quem uma ida ao cinema para assistir um filme ruim se torne um programão, que eu espere ansiosamente.
Com quem tomar um sorvete seja incrível, simplesmente andar pela rua me deixe alegre.
Uma simples presença que me faça feliz.
Uma presença que me conforte.
Alguém que me deixe ansioso, no domingo, para que a segunda-feira chegue logo.
Afinal, vou vê-la...
Que acordar cedo e as frustrações do dia-a-dia não signifiquem muita coisa para mim.
Que eu não me sinta tão lamentavelmente sozinho, e sim ligado a alguém semelhante.
Me identificar com as semelhanças e amar as diferenças, os detalhes.
Me admirar com um olhar, um nariz, um jeito de bocejar.
O jeito de falar uma palavra.
Andar de mãos dadas, comentar sobre as pessoas, rir de pequenos assuntos do dia-a-dia.
Comentar meu dia, trocar opiniões.
Rir de coisas idiotas, ter algo de bom no que pensar antes de dormir.
Chamar um dia de dia perfeito, escrever um poema, roubar uma flor no jardim da casa de uma velhinha e entregar a ela.
Não sei se eu sou anormal, se nasci no lugar ou época errados ou estou sendo idiota.
Mas não me sinto parte desse mundo onde piriguetes dançam o créu.
Ando pelas ruas e não me sinto parte daquilo tudo.
As pessoas se tornaram brinquedinhos umas das outras.
São apenas objetos para conseguir um pouco de diversão ou a admiração dos amigos.
Talvez tudo esteja melhor, talvez as pessoas estejam mais felizes, se divertindo mais, mas, no fim, me parecem tão sozinhas...
Talvez eu esteja mesmo ficando velho.
Minha visão e minha coluna já não são mais as mesmas...
Talvez por minha visão já ter sido afetada, ver as pessoas como simples números, como simplesmente mais uma na lista.
Não digo que as pessoas devam levar tudo a sério, juntas para sempre, etc...
Não!
Mas apenas se importar com a qualidade das experiências da sua vida, e não na quantidade.
Antes só que mal-acompanhado.
É difícil ser seletivo hoje em dia.
Preferir a qualidade, ter um pouco de amor-próprio, se guardar para os bons momentos.
Uma garota, uma vez, passou uma semana na minha vida.
Foi uma experiência mais incrível, mais recompensadora do que outras pessoas vivem em meses, nos quais passam quinze pessoas.
Muitos amigos meus, se tiverem quinze garotas à disposição, dão um jeito de conseguir as quinze.
Eu vejo, entre as quinze, a que valer a pena, e corro atrás dela.
Mas não vou mentir que às vezes sinto um pouco de inveja dessas pessoas cuja única preocupação é em ter o celular do momento e arranjar alguém legar para o fim de semana..
Deve ser tão mais simples...
-Peguei 5 esse mês cara!
-Legal.
-E você?
-Conversei com ela, trocamos uns olhares, segurei a mão dela.
-E não pegou?
Simplesmente levanto os ombros e digo:
-Melhor não tentar explicar.
domingo, 6 de abril de 2008
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3 comentários:
Sei como é tudo isso, sei como é tudo mais complicado. Passo pela mesma situação.
A gente acaba se achando um estranho..
Realmente,seria bem mais fácil viver conforme a maioria!
:*
Deveras esse final, meteu um respeito no texto cara.
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