quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

E aquela sensação de uma felicidade embriagada que não podia ser reprimida, a sensação de ter tanta energia que vai explodir se não liberá-la, a vontade de pular, de escalar as paredes, de correr mil quilômetros.
Se a energia naquele pequeno estúdio pudesse ser convertida em Watts, iluminaria uma cidade inteira facilmente.
E ao, meu lado, Júlio tocava sua guitarra com os dentes.
Eu olhei, enquanto tocava o meu baixo de segunda mão, para o Cido, sentado em sua bateria velha, espancando-a com suas baquetas de alumínio.
A expressão dele dizia tudo, assim como a do Júlio.
Nenhum de nós gostaria de estar em nenhum outro lugar, naquele momento.
Pode ser idiotice, pode ser apenas um devaneio adolescente, mas auqle era o meu sonho.
Olhei para os lados e não pude deixar de imaginar pessoas assistindo, muitas pessoas.
Talvez eu esteja errado, talvez esteja sendo egocêntrico, mas pra mim, aquela era, no momento, a melhor banda do mundo, e não havia nada que nos pudesse deter, além de nós mesmos.
Parecia, naqueele momento, que nenhum isolante seria capaz de parar a nossa voltagem.
E era a melhor sensação do mundo.




Cause It's a High Voltage, High, Voltage, Rock 'N Roll

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