quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Vendo aquela felicidade toda a seu lado, seus pensamentos vagaram para aquele dia, há tantos planos atrás...
Quando eram apenas futuro.
Sem amargura, apenas esperança.
Quando o mundo seria deles.

E ouviu aquela voz, resurgindo de uma velha fotografia.


E se sentiu novamente sozinho.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Nostalgia...
Venho pensando muito sobre isso, nos últimos tempos.
Uma certa dose de solidão e tempo ocioso são responsáveis por isso, em parte.
A outra parte da responsabilidade é da minha própria natureza.
Não há, realmente como esquecer o que passou.
Faz parte de nós.
Não são apenas rugas, cicatrizes ou tatuagens que mostram que o passado existiu.
Quem, ao se ver sozinho em casa, não fica remoendo lembranças...
Quem não lembra do passado antes de dormir?
Mesmo quando nos faz mal, não conseguimos esquecê-lo.
Mas devemos lembrá-lo como realmente foi, mesmo em seus lances mais vergonhosos, não idealizá-lo.
Fingir que foi perfeito.
E não adianta remoer, pensar como foi idiota, como deveria ter feito tudo diferente.
Por mais que se implore ele não vai voltar para que você conserte seus erros.
Por mais impiedoso que pareça.

Houve tempos em que tive medo de acordar e descobrir que tudo era um sonho, houve tempos em que essa era minha esperança, houve alegria e tristeza.
Momentos em que o mundo seria meu, e outros em que a vida não parecia me prometer nada.
Já achei qeu a vida parecia muito longa, como já vi suas promessas muito numerosas para um tempo tão curto.
E vivo.
Feliz, apesar de tudo.
Apesar de ainda ter um flashback de vez em quando.

Inspirado em um texto de Carina Gabriele

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Mais uma vez deitado, naquele quarto escuro, ouvindo o barulho monótono do vetilador...
Olhando para o teto e tentando dormir, tentando controlar aquele fluxo de pensamentos e lembranças.
Começou tudo de novo...
Será que eu não posso masi ficar sozinho?
Com minha própria cabeça, sem que isso me faça mal?

Cercado de pessoas em uma multidão, mas a sensação é a de solidão, de não fazer parte do todo...
De que tudo aquilo funcionaria sem mim.

Mas existem aquelas pessoas no mundo que me fazem sentir que faço parte de alguma coisa, que sou importane.
Que sou alguém....
Muito obrigado, a vocês!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

E então, quando parou para pensar, viu que vagava mais por suas próprias lembranas que por aquelas ruas.
Não havia nada que pudesse fazer.
Aquelas ruas estavam fortemente relacionadas, em sua cabeça, com tudo que havia ocorrido ali.
Teve, por alguns momentos, raiva de si mesmo, parado sozinho naquela rua fria.
O vento ofrte castigava seu rosto, mas seu corpo se recusava a sair dali.
Ali havia sentido felicidade, tristeza, raiva e alívio.

Aquelas ruas eram, no fundo, parte dele.
E, por mais que tentasse, não conseguiria se livrar delas.

Não...
Era forte demais.
Por mais que soubesse que nã deveria estar ali, que aquilo lhe causava mal, não resistia.
Parecia, em sua mente confusa, um meio de fazer tudo voltar a ser como antes, quando tudo era bom, e o céu azul.

Parou em frente àquela velha casa.
Um carro, naquele momento, passava tocando aquela velha música.
Aquela velha pessoa passava, ao lado de uma nova.

E ele ficou livre para ter uma vida nova.
Do modo mais amargo.
Mas, sob todos os aspectos, livre.

O vento bateu novamente e seu rosto, e ele disse olá.
Mas aquilo soava como um adeus, em sua mente.
Deu novamente aquele sorriso triste, que era tão constante em sua vida.
Mas, esse sorriso voltou à alegria de tempos passados, quando trombou com uma mulher ao virar a esquina.
Era loira, tinha as maçãs do rosto salientes e um sorriso lindo.
Pediu desculpas, e a chamou para tomar um café.
Parecia ideal naquele dia frio.
Descobriu que ela gostava de Led Zeppelin e escrevia pequenas poesias que não mostrava para ninguém.
Contou a ela sobre seus planos.
E falou sobre sua vida.

Voltou para casa com um telefone, uma marca de batom em sua camisa e fé no mundo.

Não sei se essa fé no mundo durou uma semana, dois meses ou uma vida...
Se valeu a pena ou não.
Apenas era o que havia no momento.
E ele se agarrou a isso.
Não sabia se chegar às nuvens faria sua queda mais dolorosa, ou se, anos depois ainda estaria flutuando...
Mas achou que era inútil ter certeza.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Alguém aqui já teve um pouco de vergonha de ser humano?

Depois de ver do que somos capazes?


Se todos os animais do mundo se reunissem,e se apresentassem, dizendo seus nomes e espécies, eu teria vergonha, de dizer...


Neal Cassady, ser humano.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

E ele morreu jovem...
Essa frase devia ser aplicada a muitas coisas.
Recentemente, passei por uma situação do tipo.´

Por incrível que pareça, isso pode ser algo positivo.
Quando algo morre subitamente, seja um amor, uma idéia, ou mesmo uma pessoa, fica a lembrança dos tempos áureos.
De quando tudo era pleno, antes do cansaço e da rotina.
Antes da inevitável decadência.
É muito melhor, ás vezes, ver seu ídolo morrer em um trágico acidente, no auge de sua vida, do que vê-lo velho e amargurado.
Ver seu amor acabar enquanto ainda é bom, com uma única pancada súbita, é melhor do que vê-lo se tornar um insuportável amontoado de brigas.
É melhor, ás vezes, viver dez anos a mil por hora, em ver de viver mil anos a dez.
Idéias, em muitos casos, deveriam morrer jovens.
Puras, sem que alguém as corrompa.
Se, por exemplo, a idéia de pertir o átomo tivesse morrido jovem, Hiroshima agradeceria.







É tão estranho, os bons morrem jovens, assim parece ser...
Love in the Afternoon
(Legião Urbana)

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

De cada lado, uma multidão gritava palavras de ordem.
Não sabiam o que diziam.
Pregavam não uma igualdade, mas uma inversão.
Pregavam idéias que não eram suas.
Gritavam como animais.
Estava perdido em meio a um delírio de massa.
Meu excessivo senso crítico me impedia de, como eles, me alegrar com aquela situação.
Não me permitia pensar o mesmo.
E meio a meu delírio, várias imagens dispersas passaram por minha cabeça.
Homens das cavernas em volta de uma fogueira, gritando enquanto seu líder matava o prisioneiro.
Uma multidão que proclamava seu amor a Deus, e amaldiçoava o pobre homem, amarrado a uma estaca.
E gritava, feliz, quando seu carraco chegava com a tocha.
Vi um homem em um guilhotina, e os revolucionários acompanhando com olhos extasiados a trajetória de sua cabeça.
Vi um homem esfarrapado, em frente a um pelotão de fuzilamento.

O espírito era, sem dúvida, o mesmo.


Como somos fáceis de manipular...

E como isso me assusta...

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Ao mesmo tempo em que existe um lado meu, altruísta, que acredita na bondade das pessoas, que deve-se também ser bom com elas, um lado que acredita na igualdade, meu Yin, existe um outro lado.
Meu Yang.
Aquele lado plenamente capaz de humilhar alguém, que se diverte sadicamente com isso.
Um lado que se considera ligeiramente superior.
Aquela voz irritante na minha cabeça.
Aquela voz da qual tenho vergonha...
E tento inutilmente calar.
venho ignorando-a, mas ela insite em aparecer, às vezes, para provar que ainda existe.
Venho administrando esse lado.
Acho que é apenas pais uma fatalidade de minha condição humana.
Esse lado mal, que envergonha, causa remorso.
Talvez essa batalha termine como um filme americano, com aquele clichê de o bem vencer o mal.
Mas, talvez, eu tenha sorte.
E tudo acabe como um belo filme oriental, com o guerreiro atingindo o equilíbrio.




Aureas Mediocritas

Simples assim.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Depois que ouvi o Raul dizer, percebi que também quero...

Onde fica a cordinha?
Alguém por favor para o mundo...

Eu quero descer!

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Ainda acredito.
E ainda amo, apesar da distância e incerteza.
Ela ainda é, pra mim, minha mais doce ilusão.
E a prova maior de meu egoísmo, por tê-la amado justamente por se parecer comigo.
Agora, sinto como se uma parte importante de mim tivesse sido subitamente extirpada.
E ao mesmo tempo ela está logo ali ao lado...
A segunda parte de minha personalidade está longe de mim.

Huahuahauh

Mas que merda...
E que alegria, saber dos tempos que passei com ela, e que foram perfeitos em seus detalhes.
Com todas as contradições, posso dizer:
Amei e fui amado, ao menos por fugazes três meses, que ficarão na memória.
Todas essas contradições entristecem e alegram.

E fascinam, acima de tudo...

As contradições, os detalhes, são o que realmente fica.
Os detalhes que trazem as lembranças no cotidiano.
Aquela música, aquele filme, aquela opinião, aquele local...
Todos contribuem para a perfeição, durante o presente, e, quando já se tornaram passado,
Garantem que você não o esqueça.
Como lembretes insistentes de que tudo o que aconteceu é, agora, parte de você.
E talvez esteja melhor com elas.

Mas há sempre um caminho, uma luz no fim do túnel, uma nova esperança.
Por menos que você queira um futuro, por mais que ele pareça insuficiente em comparação com o que aconteceu.
Ele existe, e traz novas promessas.
E porque, afinal, encarar o passado como se pudesse mudar algo?
Se martirizar pensando no que poderia ter dito, ou feito?
Pensar como tudo poderia ter sido se tivesse continuado como era?
Olhar para sua felicidade passada, com um ar de tristeza saudosista?
Ontem, enquanto caminhava por uma rua encharcada, olhando para as luzes dos postes refletidas no chão, resolvi olhar o passado com ternura, olhar os momentos de felicidade com um sorriso no rosto.
Eles podem até não se repitir, embora prefira pensar o contrário.
Mas naqueles momentos o futuro era brilhante, o céu azul e o futuro parecia pleno e recompensador.
E porque não fazê-lo como havia imaginado?



Pode não sair exatamente como o planejado, mas...
me pergunto...
E daí?
O que há de mal nisso?

Não somos mais as mesmas pessoas de três semanas atrás.
Mas ainda somos nós...


Isso pode parecer pouco, mas faz toda a diferença.

Conselho do dia:
Esqueça o Replay.
Nada continua ser sempre a mesma coisa.
Embora a cena talvez soe melhor com os mesmos personagens.

sábado, 20 de outubro de 2007

Olhando inutilmente para o céu escuro e esfumaçado da cidade, em uma busca vãpor uma estrela.
Um ponto de luz, pulsando em meio ao nada.
Como uma luz no fim do túnel que é, na verdade, apenas um trem que vem na direção oposta.


Ou será que não?

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

E o tempo corre, cruel e inflexível.
Respondendo perguntas, mas não sem antes deixar uma incógnita desesperadora.
Corre como um rio, nunca sendo o mesmo.
Será que tudo voltará a ser como antes, ou haverão apenas sonhosp erdidos onde antes havia felicidade?
Apenas esse senhor cruel chamado tempo poderá dizer.


Acredito que a resposta será agradável.
Se não, ao menos construtiva.



Por que?
é apenas o que me pergunto.




E não se preocupe.
Não guardo ressentimento ou mágoa.

Apenas confusão.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Em uma casa em ruínas, do tipo que as pessoas nem notam ao passar...
Em uma sala decadente, sentados em dois sofás rasgados.
Dois fantasmas, frente a frente.
Ele olha para ela, e ela para ele.
Incessantemente, eternamente.
Ao seu redor, as eras passam.
As pessoas mudam e voltam ao que eram.
Idéias surgem, ressurgem e são esquecidas novamente.
Novidades de séculos passados aparecem a cada momento.
E eles continuam ali, naquela casa de porta riscada e muros pixados.

Incessantemente, eternamente.

E as gerações passam, sem recompensa ou avañço.
E assim caminha a humanidade.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

1,2,3...


E o Grande e espetacular final.


Ou recomeço.

Chegará essa contagem a números maiores?

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Não controlamos nada, na verdade...
O mundo, nossas vidas...
Não mudamos nada, quem tem vontade de mudar algo não tem recursos para tanto, quem os possui quer que tudo se mantenha como é, sua situação confortável.
Os oprimidos não reclamam de seus opressores...
Parecem até gostar disso.
Obedecer algo que vem pronto é melhor, mais fácil.
Aproveitar a primeira informação que chega até nós, idem.
Mesmo que não seja a verdade.
Tudo isso me canda, me irrita, me incomoda.
Mas, aima de tudo, me frustra, já que a única coisa que posso fazer a respeito é reclamar em um blog com cinco visitantes regulares.
Ah...
Foda-se.
Vou usar as palavras de Greg Graffin.
Ele sabe falar a respeito melhor do que eu.


The businessman whose master plan controls the world each day
Is blind to indications of his species' slow decay.
People blow their minds (they choose to resign)
This deformed society is part of the design.
It'll never go away (it's in the cards that way).
The masses of humanity have always, always had to suffer!

Suffer - Bad Religion (1987)

sábado, 15 de setembro de 2007

I can go with the flow
But don't say it doesn't matter anymore
I can go with the flow
You believe it in your head?

Quanto mais olho as pessoas à minha volta, mais percebo que não faço parte disso tudo.
Sou um forasteiro.
Essa pose, essa hipocrisia, esse orgulho idiota, prepotência.
Esse preconceito.
Essas que pessoas corrompem umas às outras.
Conheço pessoas que tinham ideais, mas sempre surgia alguém para lhe dizer que suas ideologias não significavam nada, que seu esforço para se diferenciar era vão.
Que, nadando contra a corrente, estava apenas se cansando desnecessariamente.
Que assim não chegaria a lugar nenhum.
E assim, o mundo continua a ser a mesma merda de sempre.
Quem poderia mudá-lo foi desmotivado, desacreditado, chamado de louco e herege.
Queimado na fogueira, discriminado ou simplesmente ignorado.
Assim, o mundo continuou livre de mudanças incômodas, que nos desacomodem.
Pensar cansa, é muito mais fácil aceitar as coisas como são, como se esta fosse a ordem natural das coisas.
Infelizmente.




Porque eu ainda acredito?
Porque não desisti, como os outros?
Não me tornei um rosto na multidão?
Não sei.
Idiotice, talvez?
Arrisque seu palpite!

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Tenho pensado, muito, com a proximidade das festividades, que o Dia da Independência, ou, simplesmente, 7 de Setembro, como é conhecido, é a coisa mais hipócrita nesse país de hipocrisias.
Talvez nem tenha liberdade de falar, uma vez que vou desfilar, como todos os outros hipócritas, a troco de nota por uma pátria na qual só acredito no futuro, mas da qual me envergonho no presente momento.
Como desfilar por uma independência que nunca exixtiu?
O Brasil nunca foi independente.
Se tornou independente de Portugal para se tornar dependente do resto do mundo, e festejamos isso com desfiles e fanfarras, seguindo regras de cabelo e conduta da época da moral e cívica militares, que proíbe tudo que insinue rebeldia, incluindo até o modo de arrumar oos cabelos.
Impliquei com isso e quase não desfilei.
Não pela vaidade do cabelo, mas pelo que esta proibição representa.
Pela marcha, como se fossemos um, só ser.
Iguais e dependentes.
Sem idéias próprias, obedientes, sem questionamento ou racionalismo...
Marchando como soldados .
E isso me assusta.

Só para adicionar, o maior de todos os hipócritas sou eu, que reclamo, mas desfilo, e vendo meus ideais por meros dez pontos na média.

sábado, 7 de julho de 2007

Muitas vezes já me perguntei o que me atrai em alguém.
Todas as pessoas pelas quais me apaixonei até hoje tinham algo que não consigo explicar.
Algum detalhe que me encantava,talvez?
Os detalhes sempre me encantaram.
Já perdi noites de sono por um nariz, um par de olhos, maçãs do rosto, um sorriso e uma risada que não me deixavam em paz.
Ecoavam em minha cabeça.
Não, não eram esses detalhes.
Não eram tudo, ao menos.
Inteligência?
Talvez.
Mulheres estúpidas sempre me entediaram
As inteligentes me fascinaram.
Desde sempre.
Não apenas as mulheres, mas as pessoas em geral.
Talvez não seja isso.
Um senso de humor, talvez?
Sempre me encantou.
Um senso de humor mais refinado, uma certa ironia, talvez?
Também sempre me encantou.
Acho que é esse conjunto de sutilezas.
Afinal, sutilezas sempre me encantaram.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Me vejo deitado no chão,a parede disforme pelas lentes dos óculos rachados.
Não quero mesmo ver aquela parede suja e decadente.
Há um sinal,um rosto,uma lembrança onde a tinta está descascada.
É mais do que consigo suportar.
Me levanto.
Me vejo cercado por pincéis,telas,violões e gravadores de quatro canais.
Seringas e prozacs.
Vestindo uma velha e surrada camiseta do Pink Floyd.
Me levanto e me ponho a pintar.
Só me frustro ainda mais.
Não consigo pôr na tela o que estou pensando.
Me deito no chão e coloco um cd de John Frusciante para tocar.
Olho meu pôster de Syd Barret.
Penso no que se tornou minha vida.
Tomo dois ou três comprimidos.
Olho fixamente para meus joelhos, por um tempo indefinido.
Até notar cada poro.
Observo as manchas de umidade na parede de minha sala decadente.
Tomo mais comprimidos.
Não consigo contar quantos.
Observo novamente a parede.
A última coisa que vejo é a mancha na parede.
O significado desta me traz tristeza.
Tudo passa, em meio ao vazio, ao escuro.
Ao silêncio.
Tenho a sensação de subir vertiginosamente.
Uma sensação de felicidade inexplicável e irreprimível se apodera de mim.
Subo cada vez mais.

Posso ouvir Stairway To Heaven.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Vivemos em meio a um verdadeiro baile de máscaras.
Todos tentando ter uma máscara perfeita, ou ao menos tão imperfeita quanto a que os outros usam.
Tentam ter a mais, bonita, mais luxuosa.
Sem perceber que isso não ajuda em nada.
uma hora ou outra, esta cairá, revelando um interior que não foi embelezado.
Uma natureza não-podada, ao contrário do exterior.
Suas fantasias usam os materiais mais luxuosos.
Pessoas banhadas a ouro.
Lindas, por fora, mas, por dentro, simples cobre.
Da pior qualidade.
Dançando conforme uma música sinistra.
Até assustadora, diria.
Mas que todos fingem satisfazer.
Hipocrisia soa mal, incomoda.
Mas ninguém se revolta contra ela.
Vejo algém tirando sua máscara, e gritando:
Isso é ridículo.!
Vejo os mascarados o tirando de lá.
O ouço gritando.
Os augozes retornam.
A festa continua.

sábado, 16 de junho de 2007

Sanidade é um trabalho de tempo integral,
Em um mundo que está sempre mudando.
Sanity (Bad Religion)

Mas sanidade é apenas um estado da mente.
O que há de errado na insanidade?

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Às vezes, penso que gostaria de saber o que todos realmente pensam de mim.
Aí, percebo que prefiro ser feliz.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

The sun is gone, but I have a light.

Kurt Cobain

Vi isso escrito em um muro, há algum tempo.Na verdade, notei há algum tempo,pois já passo por esse muro há muito tempo.

Foi uma luz em meu caminho,realmente,como diz a citação. Realmente senti isso.

Em uma fase ligeiramente negra,sombria,nublada de minha vida, foi como um sopro vital.

Estava em um estado de humor muito estranho, um tanto poético, descrente do mundo,com tendências ainda mais acentuadas a observar e até me divertir com a ironia das situações.

Parei em frente a ela,imaginando, no que deveria estava pensando quem a escreveu.Quem seria, onde estaria agora?

Agradecendo a ele,em meu interior.

O sol se foi,mas eu tenho uma luz.

Era o que precisava ouvir.

Eu tenho minha própria luz.

Não dependo de outros para ser iluminado, notado, nem que seja por uma réstia de luz que acidentalmente incide sobre mim.

Eu tenho minha própria luz.

Meu modo de agir,pensar e me comportar é único.

Essa é minha luz.

É o que faz de mim eu mesmo.

E minhas experiências positivas e negativas influíram muito sobre minha personalidade.

A última semana era apenas mais um capítulo de minha vida, que influenciaria minha vida futura, como o êxtase e o pesar passados fizeram de mim quem sou hoje.

Não mudaria nada que já ocorreu.

Tenho orgulho de minha vida e modo de vivê-la.

Parei e, no meio da rua, comecei a cantar In Bloom,do Nirvana.

Uma música sombria,é verdade.Mas que, puxada por uma cadeia de pensamentos que até agora me parece inexplicável, veio à minha mente.

No começo, quase como um sussurro.Um sopro débil que parecia vir de dentro de minha alma.,e que, juntamente com meu ânimo, foi se fortalecendo.

Logo me vi cantando a plenos pulmões, e com um sorriso nos lábios.

Parecia que tudo que havia acontecido nas últimas semanas havia se apagado de minha mente por um momento.

Bons momentos que levaram a um fim talvez não muito agradável.

Maus momentos que resultaram disso, pensamentos negativos.

Mas que a partir daquele momento, se tornaram parte de mim,de livre e espontânea vontade.

Tinha que ser assim

quarta-feira, 23 de maio de 2007

A todos os imbecis desse mundo.
Dedico esse blog.
Isso inclui eu mesmo.