quinta-feira, 29 de novembro de 2007

E ele morreu jovem...
Essa frase devia ser aplicada a muitas coisas.
Recentemente, passei por uma situação do tipo.´

Por incrível que pareça, isso pode ser algo positivo.
Quando algo morre subitamente, seja um amor, uma idéia, ou mesmo uma pessoa, fica a lembrança dos tempos áureos.
De quando tudo era pleno, antes do cansaço e da rotina.
Antes da inevitável decadência.
É muito melhor, ás vezes, ver seu ídolo morrer em um trágico acidente, no auge de sua vida, do que vê-lo velho e amargurado.
Ver seu amor acabar enquanto ainda é bom, com uma única pancada súbita, é melhor do que vê-lo se tornar um insuportável amontoado de brigas.
É melhor, ás vezes, viver dez anos a mil por hora, em ver de viver mil anos a dez.
Idéias, em muitos casos, deveriam morrer jovens.
Puras, sem que alguém as corrompa.
Se, por exemplo, a idéia de pertir o átomo tivesse morrido jovem, Hiroshima agradeceria.







É tão estranho, os bons morrem jovens, assim parece ser...
Love in the Afternoon
(Legião Urbana)

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

De cada lado, uma multidão gritava palavras de ordem.
Não sabiam o que diziam.
Pregavam não uma igualdade, mas uma inversão.
Pregavam idéias que não eram suas.
Gritavam como animais.
Estava perdido em meio a um delírio de massa.
Meu excessivo senso crítico me impedia de, como eles, me alegrar com aquela situação.
Não me permitia pensar o mesmo.
E meio a meu delírio, várias imagens dispersas passaram por minha cabeça.
Homens das cavernas em volta de uma fogueira, gritando enquanto seu líder matava o prisioneiro.
Uma multidão que proclamava seu amor a Deus, e amaldiçoava o pobre homem, amarrado a uma estaca.
E gritava, feliz, quando seu carraco chegava com a tocha.
Vi um homem em um guilhotina, e os revolucionários acompanhando com olhos extasiados a trajetória de sua cabeça.
Vi um homem esfarrapado, em frente a um pelotão de fuzilamento.

O espírito era, sem dúvida, o mesmo.


Como somos fáceis de manipular...

E como isso me assusta...

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Ao mesmo tempo em que existe um lado meu, altruísta, que acredita na bondade das pessoas, que deve-se também ser bom com elas, um lado que acredita na igualdade, meu Yin, existe um outro lado.
Meu Yang.
Aquele lado plenamente capaz de humilhar alguém, que se diverte sadicamente com isso.
Um lado que se considera ligeiramente superior.
Aquela voz irritante na minha cabeça.
Aquela voz da qual tenho vergonha...
E tento inutilmente calar.
venho ignorando-a, mas ela insite em aparecer, às vezes, para provar que ainda existe.
Venho administrando esse lado.
Acho que é apenas pais uma fatalidade de minha condição humana.
Esse lado mal, que envergonha, causa remorso.
Talvez essa batalha termine como um filme americano, com aquele clichê de o bem vencer o mal.
Mas, talvez, eu tenha sorte.
E tudo acabe como um belo filme oriental, com o guerreiro atingindo o equilíbrio.




Aureas Mediocritas

Simples assim.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Depois que ouvi o Raul dizer, percebi que também quero...

Onde fica a cordinha?
Alguém por favor para o mundo...

Eu quero descer!