sábado, 15 de setembro de 2007

I can go with the flow
But don't say it doesn't matter anymore
I can go with the flow
You believe it in your head?

Quanto mais olho as pessoas à minha volta, mais percebo que não faço parte disso tudo.
Sou um forasteiro.
Essa pose, essa hipocrisia, esse orgulho idiota, prepotência.
Esse preconceito.
Essas que pessoas corrompem umas às outras.
Conheço pessoas que tinham ideais, mas sempre surgia alguém para lhe dizer que suas ideologias não significavam nada, que seu esforço para se diferenciar era vão.
Que, nadando contra a corrente, estava apenas se cansando desnecessariamente.
Que assim não chegaria a lugar nenhum.
E assim, o mundo continua a ser a mesma merda de sempre.
Quem poderia mudá-lo foi desmotivado, desacreditado, chamado de louco e herege.
Queimado na fogueira, discriminado ou simplesmente ignorado.
Assim, o mundo continuou livre de mudanças incômodas, que nos desacomodem.
Pensar cansa, é muito mais fácil aceitar as coisas como são, como se esta fosse a ordem natural das coisas.
Infelizmente.




Porque eu ainda acredito?
Porque não desisti, como os outros?
Não me tornei um rosto na multidão?
Não sei.
Idiotice, talvez?
Arrisque seu palpite!

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Tenho pensado, muito, com a proximidade das festividades, que o Dia da Independência, ou, simplesmente, 7 de Setembro, como é conhecido, é a coisa mais hipócrita nesse país de hipocrisias.
Talvez nem tenha liberdade de falar, uma vez que vou desfilar, como todos os outros hipócritas, a troco de nota por uma pátria na qual só acredito no futuro, mas da qual me envergonho no presente momento.
Como desfilar por uma independência que nunca exixtiu?
O Brasil nunca foi independente.
Se tornou independente de Portugal para se tornar dependente do resto do mundo, e festejamos isso com desfiles e fanfarras, seguindo regras de cabelo e conduta da época da moral e cívica militares, que proíbe tudo que insinue rebeldia, incluindo até o modo de arrumar oos cabelos.
Impliquei com isso e quase não desfilei.
Não pela vaidade do cabelo, mas pelo que esta proibição representa.
Pela marcha, como se fossemos um, só ser.
Iguais e dependentes.
Sem idéias próprias, obedientes, sem questionamento ou racionalismo...
Marchando como soldados .
E isso me assusta.

Só para adicionar, o maior de todos os hipócritas sou eu, que reclamo, mas desfilo, e vendo meus ideais por meros dez pontos na média.