quarta-feira, 5 de março de 2008

Hoje passei por um lugar incrível.
Um lugar memorável, repleto de boas lembranças.
Estranho...
Para as pessoas em torno de mim, parecia apenas um pedaço de grama.
Era apenas um pedaço de grama para eles.
Eu sou uma das únicas duas pessoas no mundo que têm noção do significado daquele lugar.
Sou também uma das únicas duas pessoas que têm uma noção completa do significado da “foto beleza americana”, e das circunstâncias incríveis que a geraram.
Sei o que significa aquela casa velha, aquele velho cão, aquela escada.
Mas sou um dos poucos.
E, para mim, esse tipo de situação é o que há de mais particular nas relações entre as pessoas.
Aquelas histórias que só as pessoas de um determinado grupo sabem, aquelas expressões que só eles usam, aquelas piadas internas.
Aqueles comentários simples, que passam despercebidos pelas pessoas me geral, mas fazem uma pessoa entre todas gargalhar, pois só ela tem condições de saber o que significa.
Guardar, junto com alguém, um segredo, e dar pequenos sinais para as pessoas em volta, pequenas pistas que nunca serão capazes de seguir.
Ter, entre seus amigos, um simples gesto, um código, um levantar de sobrancelhas que os faça entender o que não se pode falar no momento.
Ter um apelido estúpido, por causa de um acontecimento de três anos atrás, que só três pessoas sabem o que significa.
Afinal, o que seria de um amor ou uma amizade sem isso?
Mais um em uma lista, da qual não se pode diferenciar uns dos outros.
Seriam todos iguais, afinal.

Um comentário:

carinagabriele disse...

Verdade. São esses detalhes, que não são nada "meros" que torna tudo tão especial.