domingo, 30 de março de 2008

-Mas e se a sua mãe aparecesse aqui agora, imagina?
-Seria engraçado...
-Eu juro que não te entendo...
-Eu também não.



Uma conversa, há algum tempo atrás, me fez começar a pensar.
Conversávamos sobre pessimismo, otimismo e realismo.
Comecei a me perguntar:
Seria eu um otimista ou pessimista.
Percebi que não faço parte de nenhum desses grandes grupos.
Como acontece com freqüência, que sou uma exceção.
Provavelmente o pessimista mais otimista do mundo, ou vice-versa.
Tanto faz.
Sempre tive uma tendência a observar o lado ruim das coisas, a ver defeitos em tudo, a esperar o pior das situações.
Sempre pensei na Lei de Murphy como o que rege o universo.
Mas não olho o lado ruim das coisas como um velho rabugento.
Me divirto com essas situações.
Sou o primeiro a rir quando tropeço ou derrubo algo, um dia em que tudo dá errado acaba se tornando cômico para mim.
Sou o tipo de pessoa que, ao ficar paralítica, olha para os próprios tênis e começa a rir, pensando em quanto tempo irão durar agora.
Contanto que consiga divertir alguém com a história, um pequeno desastre do cotidiano não me afeta.
Observar a ironia das cenas do cotidiano também me diverte.
A falsidade das pessoas, os detalhes que só eu percebo, tudo isso me faz rir com freqüência.
Tiradas sarcásticas e alguma dose de humor negro, comentários maldosos sobre as pessoas...
Por mais que isso tudo pareça reprovável, me diverte.
Divertir-me com o ridículo da vida é, talvez, a única defesa que tenho...

Vai dar errado, eu sei...
Mas e daí?
Um pequeno desastre é sempre tão engraçado.

Um comentário:

carinagabriele disse...

Eu tb me divirto com a falsidade alheia, com detalhes que só eu percebo.. heuahueha
Mas, em suma, sou otimista para com os outros e pessimista comigo mesma. :/ haha
É fato!
:*